A síndrome brânquio-otorrenal (SBOR) é uma doença autossômica dominante, provocada por mutações em genes da organogênese humana, principalmente o gene EYA 1. Sua incidência é de 1 em 40.000 recém-nascidos vivos. As manifestações clínicas da SBOR decorrem de transtorno genético e envolvem perda auditiva de condução, neurossensorial ou mista, malformações da orelha externa, média e interna, cistos ou fístulas branquiais e anomalias renais que podem variar de hipoplasia a agenesia renal. O diagnóstico clínico da SBOR se baseia na presença de critérios clínicos. A genética molecular é de grande valor para a confirmação do diagnóstico e para estabelecer o diagnóstico pré-natal. Testes audiométricos completos e exames renais apurados são indicados a fim de mensurar com precisão a extensão dos danos causados pela doença. Sua ampla variabilidade clínica sugere, na literatura, que os diferentes fenótipos dessa síndrome representam, na realidade, grupos heterogêneos de doenças, que fazem diagnóstico diferencial, principalmente, com a síndrome brânquio-otorrenal. O tratamento se limita a reparar os danos causados pela doença, podendo estar indicado o uso de próteses auriculares ou intervenções cirúrgicas otológicas e renais, a fim de melhorar a qualidade de vida dos pacientes. O aconselhamento genético é a melhor forma de prevenção, sendo fundamental no tratamento.
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Genes Analisados
Documentos Obrigatórios
Instruções
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Última Atualização |
20/12/2022 |
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Metodologia
O DNA extraído é submetido a sequenciamento de segunda geração na plataforma Illumina, após enriquecimento por um método de captura. Os dados são processados para chamada de variantes (SNVs, pequenas indels) no Pipeline Genomika-Einstein.
A cobertura média esperada é de acima de 99% das bases com profundidade acima de 10x nos exons e 5pb de região intrônica adjacente, além de outras regiões não-codificantes específicas conhecidamente causadoras de fenótipos clínicos relevantes até o momento do desenho do ensaio. Genes com cobertura inferior a 98% são devidamente informados na seção de genes analisados. A numeração da variante é feita através do transcrito de referência a partir da base A do códon de iniciação ATG alinhado contra o genoma de referência GRCh37/hg19. A classificação de variantes é feita de acordo com os critérios do Colégio Americano de Genômica e Genética Clínica (ACMG).
Limitações do exame
Este teste detecta >99% das variantes SNVs e de pequenas deleções e duplicações com até 20bp. Variantes maiores que 20bp e menores do que um éxon podem ser detectadas com sensibilidade reduzida. Variantes podem não ser relatadas caso estejam presentes em regiões gênicas não sequenciadas adequadamente, regiões ricas em repetições, regiões intrônicas profundas e áreas com pseudo-genes.
Outros nomes para PAINEL NGS PARA SÍNDROME BRANQUIO-OTORRENAL
- Displasia Brânquio-Otorrenal
- Síndrome BOR
- Síndrome Brânquio-Oculofacial