Pesquisa de Mutação Familiar específica no gene ABCD1 pode detectar mutações que podem ser responsáveis pela síndrome Adrenoleucodistrofia ligada ao X. Esta é uma doença relacionada a um distúrbio no metabolismo de lipídios, na qual os indivíduos afetados são incapazes de degradar e oxidar Ácidos Graxos de Cadeia Muito Longa (VLCFA).
A Síndrome Adrenoleucodisrofia ligada ao X é causada por mutações no gene ABCD1, localizado em Xq28, que codifica uma proteína transmembrana relacionada com metabolismo lipídico. Alterações nessa proteína provocam desestabilização da bainha de mielina das células nervosas que atrofiam e perdem a capacidade de transmitir impulsos nervosos.
Ela ocorre em homens, com uma incidência de 1:20.000 a 1:50.000, nos quais podem ser encontrados três fenótipos principais. O primeiro, forma cerebral das crianças, manifesta-se mais comumente entre quatro e oito anos e, inicialmente, assemelha-se ao transtorno do déficit de atenção ou hiperatividade, com debilitação progressiva da cognição e do comportamento. O segundo fenótipo é a adrenomieloneuropatia, a qual se manifesta geralmente no final da segunda década de vida, com paraparesia progressiva, perda do controle esfincteriano e grau variado de perda sensorial distal. O terceiro fenótipo, “Doença de Addison”, apresenta-se como insuficiência adrenocortical primária.
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Genes Analisados
Documentos Obrigatórios
Instruções
Exigência | Descrição |
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Última Atualização |
08/02/2019 |
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Metodologia
O DNA é extraído de sangue periférico ou saliva de forma automatizada (QIASymphony). O sequenciamento da região de interesse pode ser realizado utilizando a tecnologia de PCR seguido por Nextera ou através de PCR seguido por Sanger. Caso existam regiões não adequadamente cobertas na primeira técnica, é preparada uma nova biblioteca de Nextera ou Sanger. O sequenciamento de segunda geração é realizado na plataforma Illumina e o sequenciamento de Sanger é realizado em um sequenciador automático ABI 3500. O resultado final é uma cobertura de 100% das bases com profundidade acima de 50x nos exons e 5pb de região intrônica adjacente utilizado NGS ou sequenciamento bidirecional em Sanger. A chamada de variante é feita através do transcrito de referência a partir da base A do códon de iniciação ATG alinhado contra o genoma de referência GRCh37/hg19.
Limitações do exame
- Este teste detecta pequenas deleções e duplicações até 17 bp, mas grandes deleções e duplicações não são detectadas por esta metodologia. Outras alterações estruturais,como inversões e translocações também não são detectadas. Havendo suspeita de algumas destas alterações, pode-se usar metodologias como array CGH, MLPA, qPCR ou FISH. - Mutações por expansão de repeats de trinucleotídeos não são detectáveis por sequenciamento. - Mutações intrônicas profundas, mitocondriais ou em regiões regulatórias, como promotores, não são detectáveis no presente teste. - Alteração epigenéticas não são detectáveis por este teste.
Outros nomes para MUTAÇÃO FAMILIAR NO GENE ABCD1
- Adrenoleucodistrofia ligada ao X
- Adrenomieloneuropatia
- ALD
- Doença de Addison
- Mutação Familiar Conhecida
- Xq28